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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Parte boa ou good party.

Sábado foi dia de brincar de ser bonita e correr pra comemorar.
Tô no último ano da faculdade, e agora qualquer informação sobre colação ou formatura já me dá uma ansiedade enorme.
Acho que a gente passa quatro anos ou mais esperando pro dia em que vamos comemorar. Pode ser que comemoramos sem diploma, ou sem festa, mas esperamos sim pro dia de dizer adeus a uma das etapas mais marcantes da vida.
Tava bem nos meus desejos de 2012 ver meu primo fofo, e agora farmacêutico, se formar por completo, ou seja, ir na festa de formatura dele. E apesar dos pesares, eu fui. O pesar foi meu estômago que foi junto comigo, se pudesse teria trancado em casa pro resto da vida.
Como eu estava mais quieta do que animada, a festa pra mim foi na cadeira e observando tudo e todos. 
O mais legal de ter ficado quieta (porque eu tenho que achar uma coisa legal nisso né) foi ver (e lembrar) meus parentes, se divertindo, curtindo a festa, tanto os jovens quanto os mais velhos. Fazia tempo que não via isso, e quando vc pensa que tudo mudou e que nada pode ser como antes, acontecem esses acasos que jogam na nossa cara que a essencia das pessoas permanece, falta só uma oportunidade.
Não tô tão inspirada assim pra fazer um post bonitinho, ou bem elaborado igual fiz pra formatura do outro primo (colei abaixo, é um dos meus textos preferidos), tô inspirada pra dizer que melhor família não poderia existir pra mim. Meus primos são pessoas que admiro e sempre admirarei, pelo carinho que se tratam, pela união que permanece, pela alegria que exalam. Nenhuma família é perfeita, tem momentos em que tenho críticas a eles por não agirem da maneira correta, mas quer saber? Basta olhar ao redor pra se concluir que admirar é muito melhor do criticar, e foi isso que fiz nessa formatura.
Não bebi, não dancei muito, não estava passando bem mas ao menos tenho ótimas cenas em minha mente. Me diverti sendo apenas uma observadora de todos.
Aguardo calmamente (porque ansiosamente já deu, não to passando bem de tão ansiosamente que vivo os dias) pelo casamento mais fofo da família com o primo mais fofo com a noiva mais fofa, e claro, pela minha sonhada e aguardada formatura.
Assim vai vida, devagar, acreditando no melhor e comemorando porque a parte boa da vida é comemorar!

Mr. Saxobeat pq eu acho que combina com uma festa:
http://youtu.be/lAhHNCfA7NI

23/02/2010
Noite de gala, comemoração
Era noite de festa, de muita comemoração, afinal mais um ciclo de vida estava se encerrando ali naquela noite. Depois de quatro anos de muito esforço, alguns sacrifícios, muita transpiração e pouca inspiração, vem a recompensa e o orgulho de ser agora um profissional formado cheio de expectativas pra um futuro promissor. Nada melhor do que comemorar mais uma etapa da vida em uma festa onde estavam presentes as pessoas que fizeram parte dessa conquista.
Festa de gala, vestidos longos e brilhantes ou curtos e chamativos, maquiagens no estilo de tantas atrizes, smokings bem passados e que deixam qualquer homem elegante, ternos e gravatas, sapatos reluzentes, jóias ou bijuterias não importa pois tinham o mesmo efeito, muito glamour pra pelo menos aquela noite.
Naquela noite todos eram donos de uma presença nada convencional em seus dias, não havia mais pobres ou mais ricos por trás de vestimentas tão elegantes, todos estavam ali com o mesmo propósito, mas comemorando de um jeito particular. Era o coletivo sendo particular.
E por achar que era uma noite de comemoração, a maioria quis comemorar alterando seu estado natural de agir. Copos e mais copos de bebidas alcoólicas sendo ingeridas por jovens ou adultos que queriam comemorar, co-me-mo-rar.
Queriam tanto dar valor a essa palavra que esqueceram o verdadeiro significado dela. Alterados faziam coreografias impossíveis de se imitar, dançavam a música que lhes estava na cabeça e não a que estava no ambiente, cantavam dando tropeços nas palavras e nas pessoas também, pulavam no ritmo da alegria que lhes tomava conta.
Tudo se tornava pequeno diante da alegria e da comemoração deles. Tão pequeno que queriam que tudo aumentasse, pois o pouco não lhes convinha naquela noite, e para aumentar todo esse misto de sensações e emoções viravam mais e mais copos de bebidas alcoólicas.
A bebedeira possui geralmente quatro estágios para a maioria das pessoas: o primeiro é o calor, o segundo é a alegria inacabável, e o terceiro é uma bela alteração no sistema nervoso. E quando chega ao terceiro estágio é a hora de se recolher, pois qualquer motivo por menor que seja torna-se o principal culpado para uma grande confusão acontecer.
A festa que todos queriam que não acabasse com a mesma vontade que não queriam que as bebidas alcoólicas acabassem, tinha que terminar, e foi terminar porque haviam ordens a serem cumpridas, regras de um contrato. Para alguns a festa terminou bem mais cedo, não porque queriam ou porque estavam com sono, mas porque foram obrigados pelo corpo que pedia uma boa dose de glicose e soro.
E no fim da festa todo aquele glamour chegou ao fim também, alguns deixaram o lado selvagem imperar e começaram a tratar aqueles da mesma espécie como se fossem suas presas, queriam atacá-las a troco de matar a fome de raiva que lhes tomava conta. Mas não eram eles que estavam agindo, era o ego alterado que tomava conta de tudo e de todos. Suas roupas elegantes, seus cabelos bem arrumados, suas jóias ou bijuterias já não escondiam mais o estado lamentável em que se encontravam, não cobriam mais a honra, o diploma, a vitória, a dignidade. O álcool entrou em reação e deixou evidente a vergonha e humilhação a que estavam se submetendo.
Amanhã ao acordar vão fazer da festa inesquecível, esquecível chegando assim ao quarto e último estágio da bebedeira: o esquecimento. Não vão se lembrar daquilo que se deveria lembrar e contar aos seus sucessores.
Enfim comemoraram, mas continuam sem saber o que esta palavra significa. 

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