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sábado, 21 de abril de 2012

Cena urbana

Hoje, passei planejado até o Circuito das Águas pra fazer pesquisa pro TCC, e daí acordo com o dia nublado,  mesmo assim sigo em frente, tomo café da manhã e aí que começa minha tortura com meu estômago.
Tudo conspirava pra não irmos viajar, inclusive nossa preguiça em acordar cedo. Mas fomos, fomos pra não perdermos tempo, não perdermos oportunidade de fazer um trabalho bem feito. Fomos com meu estômago marromenos.
Pesquisamos, aliás, aplicar um questionário a pessoas é muito chato porque você sabe que a pessoa não quer responder mil e um dados. Mas você TEM que fazer isso, pra fazer um trabalho bem feito, concluindo assim o objetivo do ano. Acho chato fazer pesquisa, mas sei o quanto isso é importante pra uma empresa e afins, por isso sempre respondo a pesquisas na maior boa vontade, afinal não quero para os outros o que fazem comigo nessas horas. Timidez de lado, fomos em frente, eu e meu estômago.
Hora do almoço e o estômago não aguentou, piorou mesmo com uma simples saladinha. Estava passando muito mal, uma mal estar que já tive quando tava estressada ou semi-depressiva ou sei lá o que pq hoje em dia tudo é stress mesmo. Meu desejo do dia era ir embora, mesmo sabendo que ia demorar pra chegar em casa. Continuei rezando pra Deus me dar forças e não cair no meio da rua.
Paramos o carro e uma cena rouba nossa atenção, rouba minha dor no estômago. Um cachorro cai no lago da cidade e nao consegue subir a beirada, e estava bem frio com chuva. Os "machões" do nosso lado só chamavam o cachorro que estava do outro lado do lago, uma mulher que estava perto dele só o chama também, não tem a coragem de ir lá e puxá-lo alegando que está com medo de levar uma mordida.
Corro com minha amiga, quase caio no meio do caminho, e só aí então a mulher toma coragem e vai resgatar o cachorro. Ao colocar suas patas em solo firme o cachorro pula, pula muito, de alegria, de retribuição ao feito da mulher, como se ela tivesse sido, e foi, a salvadora de sua vida. E ele mordeu? CLARO que não. As pessoas as vezes são burras, um cachorro querendo ajuda não é igual a muitos humanos espalhados por todo canto. Ele não vai te ferir, ele vai te agradecer sempre que te encontrar. Ele não tem nada a te oferecer em troca de ajuda, apenas pulos, lambidas e abanadas de rabo. Aí entra a questão: medo de ajudar um humano os humanos não tem, sendo que por muitas vezes só ajuda pra ficar esperando algo em troca, ou então não é capaz nem de dizer um "Obrigado". Não hesite, ajude quem precisa não se importando com seu troco ou com suas consequências. Ajude seu coração sempre que ele gritar por socorro.
A dor no estômago permanece, mas depois de ter visto esta cena e ter recebido uma notícia maravilhosa que mostrou que eu tinha razão em perder noites de sono, em me dedicar ao que realmente importa nesse ano e ao poder estar cercada de pessoas que só me ajudam com essa busca por reconhecimento, posso dizer que estou muito melhor, disposta a encarar de frente o stress que já é rotina.
Boooora 2012...

Saudade Spinzinho, muita saudade.


Um comentário:

  1. Oooin, que post fofo, Lari. E me fez pensar, eu realmente ficaria com medo de ajudar o cachorro num primeiro momento. Eu sou medrosa. Acho que não teria medo de ajudar uma pessoa pq poxa, querendo ou não, é diferente. A pessoa pensa bem mais que o cachorro, e já vi animais que ficam agressivos sendo resgatados, acho que o negócio é saber como fazer, com jeitinho, não sei, mas admiro isso em você. Espero que o tcc esteja dando certo =)

    Ah, voltei com o blog sim, sempre que tiver um tempinho e algo pra postar tô lá.

    Beijo!

    belatriz.info

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Micontchi alguma coisa também ;)