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domingo, 8 de janeiro de 2012

Update 11


Tô atrasada, como sempre. Ainda é tempo de relembrar o ano que passou.

Como já disse no postede Natal, o ano está correndo demais e a gente anda fazendo coisa de menos, chegando mais uma vez ao fim de mais um ano.
Em 2011 eu busquei uma mudança, fui atrás e ela aconteceu.
Estava na hora novamente de algo mudar, pra eu continuar com o ânimo pra vida. 2010 não foi um ano bom, não foi um ano saudável, por isso eu só desejei saúde a todos na virada do ano. Saúde é o básico para continuarmos vivendo, por mais redundante que isso seja.
Eu queria mudar, mas não me mudar, ou afastar as pessoas a minha volta. Eu queria uma mudança que justificasse as perdas que acontecem na nossa vida. Eu precisava realimentar meus sonhos, já então jogados no canto, desesperançosos e inconsoláveis.
O fato do meu antigo emprego precisar mudar de endereço foi um estímulo para que eu me mexesse e fosse atrás de vez dessa mudança. Foi a deixa para que meu ano começasse a mudar pelo menos em algum sentido.
Fui atrás de um novo estágio, fui numa boa, sem desespero, mas fui com vontade, com fé, com esperança. E inesperadamente eu consegui, acreditando que não ia conseguir.
Cumpri com meu papel na antiga empresa, tentei ajudar até onde me deixaram, mas meus sonhos eram maiores assim como minhas idéias, e aqueles quase dois anos estavam se tornando pouco e tudo estava muito apertado para mim. Não era obrigada a ficar mais ali, eu tinha sobrevivido a muita coisa ruim que me fortaleceu, agradeço a Deus e a inúmeras pessoas que me deram força, ouviram meus desabafos, sem essa compreensão eu teria desistido acreditando ser esse o jeito mais fácil, mas não é. Lutar contra o que te incomoda, o que te amedontra é a melhor maneira de ser forte na vida e para sempre. Saí do emprego em silêncio, sem me despedir de ninguém, foi só uma ligação e um e-mail. A boa educação me mandaria ir me despedir agradecendo todas as pessoas que conviveram comigo nesse período, mas por ironia do destino, a minha saúde não permitiu que eu fizesse isso logo no princípio e depois, depois eu não quis fazer. Quis sumir da vida dessas pessoas como uma fumaça, rapidamente, deixando alguns rastros. Posso ter deixado mágoa, mas não me importo, eu não tinha afeto sincero por ninguém de lá, por mais que elas tivessem por mim.
Um novo emprego, um novo desafio, e ninguém disse que ia ser fácil. Mas também não disseram que eu ia ser tão feliz lá. Era tudo muito novo, era algo que não estava nos meus planos, era algo inalcançável para mim. E me olhando hoje, entrando todos os dias por uma porta onde eu pensei que ia entrar apenas uma vez, ainda é difícil acreditar. Alguém acreditou em mim, e por causa de um alguém, vários outros alguéns acreditaram em mim, e hoje, eu to lá amando tudo e todos, ou quase todos.


Em um emprego as pessoas conseguem te fazer gostar do novo. E Deus colocou pessoas maravilhosas a minha volta, pessoas que ajudaram na minha mudança, elas também estavam mudando para uma melhor, estavam com expectativas tão grandes quanto as minhas. São pessoas mais experientes, como é de costume eu sempre me dou bem com quem é mais velho, com quem tem muito a me ensinar, e com elas não foi diferente, eu aprendi e aprendo a cada dia.
Aprendi com a D. a dar mais oportunidades pra mim, ver que meu “príncipe” pode estar em qualquer lugar, enxergar possibilidades e histórias, deixar de desfazer das coisas sem nem tê-las antes. 
Aprendi com a L. a dar mais valor a minha mãe. Acompanhei de perto ela perder a mãe, e para mim foi tudo tão rápido, mas muito intenso, como se eu tivesse vivido a história junto com ela. Se sou mais próxima a minha mãe, foi a L. quem me ajudou sem nem saber.
Aprendi com a F. que a vida é o hoje, o agora, vamos viver, vamos, vamos rápido, vamos na intensidade. Loucuras são saudáveis, servem para termos uma história, serve para mudarmos também.
Aprendi com a M. que aparências enganam, por trás de uma patricinha tem alguém afim de curtir a vida com o melhor que temos direito. Sorrindo sempre, sem descer do salto sempre.
Aprendi com o J. que por trás de um egoísmo, tem um coração enorme. Difícil acreditar que isso seja possível, mas é a verdade. É possível sentir carinho tão grande apenas por alguém te tratar tão bem.
Aprendi com o A. a rir da vida, tirar sarro, ser relax, falar bobagem, trazendo ânimo a quem precisa. A vida não tem obrigação de ser séria, não deve seguir padrões. Cada um é cada um, não importa o que os outros vão pensar.
Aprendi com o M. a herdar um pouco do passado pra continuar sendo a mesmo pessoa. Por trás de um olhar tímido, tem sempre uma grande pessoa que não quer ser ela, mas consegue ser ela sem querer.
São tantas pessoas e para não estender muito, eu aprendi com todos a ser mais feliz, a acreditar em mim, no meu jeito e acima de tudo perceber que estou no caminho certo, por mais que haja pedras, eu estou lá sendo apenas eu sem ter que atropelar ninguém, desejar mal a ninguém, apenas seguindo com várias outras pessoas me ajudando a não desviar.
Acho que a mudança de emprego resultou no resto do meu ano, foi tão intensa a ponto de eu gostar que meu ano tenha tido isso para contar. Não vivi mais nada tão intensamente quanto meu novo emprego.
Apesar disso, não posso ignorar outros fatos, já que eles também significaram algo.
Eu viajei, duas vezes no ano. A primeira foi pra Minas Gerais, terra que tanto gosto, onde acalmo, reorganizo tudo. E não foi diferente em Poços de Caldas. Vi a beleza da natureza com as cachoeiras, as pedras coloridas, o cheiro de verde que fazia compensar acordar 7:00, provei dos sabores mineiros que me fizeram engordar muito mas me mantiveram mais alegre ainda, tive as mordomias que tanto gosto.
A outra viagem foi até o zoológico de São Paulo, sonho antigo, porém foi frustrado porque o safári não era bem o que eu imaginava, mas enfim, valeu a pena ver muitos bichos, apesar da tristeza ao perceber o pequeno espaço que eles tem pra viver.
Eu não saí muito em 2011, por falta de vontade, mas principalmente por falta de companhia. Aliás eu me questionei e me enfureci e entristeci bastante com a minha falta de companhia. Pensei se sou eu que faço entender que não quero sair porque não vou gostar de nada, se são meus amigos que não saem, ou se estou chamando os amigos errados para sair. Porque não foi fácil, chamar incansavelmente e receber vários “a gente combina” ou “não tenho dinheiro”, mas depois ver essas pessoas saindo e curtindo, e eu sem entender acreditando que elas tinham se esquecido de mim por qualquer motivo que seja. Assim, eu me cansei, cansei de desculpas esfarrapadas e decidi que se fosse preu deixar de curtir minha vida por causa dessas pessoas, eu ia curtir sozinha e foi assim que decidi ir ao SWU.
Pode parecer chato curtir sozinha, mas as vezes eu saia com alguém e tinha a impressão que estava sozinha, então ao menos alguém tinha que fazer valer o momento, e no caso esse alguém era eu mesma. Incorporei a curtição no SWU e pouco importei se minhas companhias estavam na mesma vibe, eu estava, fui egoísta, mas não podia deixar me abalar por causa dos outros mais uma vez. No fim eu curti horas em grupo, horas sozinha.
Ainda em saídas por aí, eu fui ao teatro algumas vezes assistir comédias, como a do Marcelo Médici, um sonho antigo e finalmente realizado, o que valeu muito a pena. Ver a do Marco Luque desta vez com as personagens, o que só teria valido mais a pena se tivesse sentado mais perto e tivesse conseguido falar ou ao menos vê-lo de perto para sentir aquela sensação boa e estranha que sempre sinto quando o vejo. Ver o novo stand up do Rafinha em um momento não muito bom da carreira dele, o que não interferiu no talento e no jeito dele e isto me deixou feliz.
Já fui de ir mais em shows, mas esse ano tava difícil. O primeiro show que decidi ir, da Strike, banda que eu tanto gosto, me fez perceber que não tenho mais paciência para aturar adolescentes frenéticas e bandas ruins, o que me fez ir embora sem nem ter assistido a uma musica do Strike. Queria ter ido em vários outros shows como Jota15 em SP, Festival de Verão, Rock in Rio, mas tudo bem, eu espero a vez. Compensou ter ido no Simple Plan, B.E.P., D2 e  até no Snoop Dog. A gente não pode estar em todos os lugares, mas um dia eu espero poder estar nos que sempre desejei.
Ah e claro tiveram os eventos da empresa, começou com o carnaval de Campinas que eu pretendo nunca mais ir, ou pelo menos não ir enquanto ele continuar assim. Depois uma confraternização suave, pra conhecer melhor o pessoal e eu desesperada sem nem saber que roupa colocar, depois feijoada, onde conheci melhor o pessoal que eu tanto converso por e-mail e telefone, pena eu não ter curtido tanto por questões de desânimo sem motivo, depois o evento beneficente, que me fez ver como é bom ajudar nem que for com uma coisa mínima, mas já é o suficiente pra melhorar a vida dos outros, foi bem engraçado também afinal foi meu primeiro contato com bastidores de TV ao vivo e com “celebridades”, rs, experiência mais do que válida. E por fim, a festa de fim de ano, divertida, boa pra conhecer um pouco do desconhecido e conhecer ainda mais o conhecido.
Na faculdade, eu fui pior e fui melhor. Trabalhando mais, em período de adaptação, foi difícil conciliar a faculdade como antes. O “foda-se” foi bem constante pra quase todos os trabalhos, porém a vontade de fazer direito, a empolgação pra tentar ser melhor, pra tentar ser orgulho de alguém, berrou e daí o “foda-se” ficou miudinho. Valeu a pena o esforço, e mais, valeu a pena ter ouvido elogios tão simples de professores queridos. Recompensa não tá no certificado de segundo lugar de melhor projeto.
2011 não foi lá um ano onde eu me aproximei muito dos meus antigos amigos, não fui uma boa amiga por preguiça e por ter perdido um pouco da intimidade. Os novos amigos ocuparam mais meus dias e aí eu dei um tempo nos velhos amigos, tirando as amigas da faculdade. Ás vezes é bom afastar um pouco, principalmente quando você percebe que esses amigos não tão muito afim de conversar com você também, e você começa a enxergar só defeitos na pessoa, maior parte das coisas nela começa a te incomodar e comigo foi assim nesse ano, para não ser falsa, preferi afastar. Quem sabe um dia a gente se reaproxima, quando a vontade vier em ambas as partes.
Ah! Eu viajei 3 vezes! Rsrs, a outra viagem foi pra Águas de Lindóia com os amigos da faculdade, e foi uma viagem divertida, apesar da gente estar supostamente fazendo trabalho. Enfim, se pudesse faria isso mais vezes no ano.
Lógico que a saudade de anos atrás bateu, e eu queria ter algumas amizades que antes virtuais eram tão fortes, eu gostava tanto. Ainda quero poder rever essas amizades, talvez isso já seja uma meta pra 2012. E cada vez mais eu penso que há um desencontro muito grande nas minhas amizades, algumas precisavam morar mais perto, outras eu precisava ter nascido uns 10 anos antes.
Aliás, a saudade é algo bem constante na minha vida e que mais me faz chorar. Foi difícil sentir só saudade pela minha avó, ainda é difícil. A saudade fica pior com o tempo, a ausência fica explícita, e as memórias vão se apagando, pelo menos na minha memória. É triste não ter mais tão nitidamente a imagem de minha avó na minha mente. Assim vou superando cada dia, continuando feliz como ela gostaria de me ver e como ela deve estar, fazendo coisas pensando sempre no orgulho que ela sentiria se estivesse presente.
Se me afastei dos amigos, posso dizer que da família também. Vi tão pouco meus primos, me ânimo pra sair não esteve nada bom nesse ano. Porém, nas poucas vezes em que estive presente nas festas em família me fez afirmar novamente que melhor família não poderia existir. E daí eu vejo que o porque disso, seja o fato de meus primos terem herdado o jeito acolhedor da minha avó, onde qualquer família vira a nossa família.
2011 mudei de emprego, mudei pra melhor, mudei os amigos, minha casa finalmente mudou, mudei os hábitos, uma mudança que mudou um ano, uma vida. Que siga assim, mudança sendo sinônimo de realização.
Fim 2011.
Que venha 2012, se não for o fim dos tempos, ao menos é o fim da minha faculdade.

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