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sábado, 3 de dezembro de 2011

Start with me



Meus anos costumam ser assim, quando estão quase acabando, minha vida social torna-se agitada...não é ruim, pelo contrário né, uma hora tenho que compensar as noites em casa.
Meu ano completo é post pra final de ano, e apesar de já ser final de ano, gostaria de relatar uma das experiências mais legais e incríveis do meu ano.
SWU, aquele evento criado nos conceitos de sustentabilidade, fazer a diferença e coisa e tal...Ok, a parte conceituosa é bem legal, mas não fui lá e comprei o ingresso por causa disso. Comprei porque queria ir, queria ver as bandas, queria ir num grande evento.
Ano passado não fui e fiquei em casa remoendo a vontade até finalmente ir. Fui e amei.
Não amei tudo, mas amei. Estava em uma semana difícil, com stress na faculdade por conta dos trabalhos finais, com stress no trabalho por conta de responsabilidade, com vontade de xingar todo mundo e ir lá pra aquela montanha bem alta no meio do nada e com ninguém.
Achei até que fosse querer vir embora logo do evento, achei que não estava preparada pra encarar tanta gente, achei que tava velha demais pra isso, achei que no dia ia acontecer um imprevisto e eu não iria. Um bando de achismos que se espalharam no ar logo quando pisei no evento e senti toda vibração boa que tinha lá.
Milhares de pessoas, algumas bonitas e muito bem vestidas, gente que você não sentia medo ao passar por perto.
Não demorou muito preu curtir o primeiro show, do D2, um show que eu queria ver há muito tempo porque gosto muito das músicas dele, do estilo diferente, queria ver mas não tinha coragem e nem oportunidade. Aí o cara se apresenta num festival, e pronto, matei minha vontade. Foi um show bom, mas foi um show musical. Digo, não tinha lá muita diferença do normal, mas como disse, foi bom, eu curti.
É claro que num festival desses, eu não poderia não querer ver pessoas se drogando. Só que eu vi muuuuuita gente se drogando, e as vezes bate aquela preocupação e aquela pergunta: “meu será que aquela pessoa vai se lembrar do que viu aqui hoje?”. Ignoremos esses fatos, porque simplesmente é inevitável.
Depois vem show do Snoop Dog e nunca na minha vida me imaginava num show dele. Comigo é sempre assim, depois que vou no show, passo a gostar muito do cantor ou banda, somem até os preconceitos, rs. Com ele foi assim, gostei do show, foi também um show musical, ele é feio que dói, doidão, mas canta, sabe animar a galera, gostei tanto que até hoje fica martelando na minha cabeça a “Beautiful Girl”. Nota: nesse show eu ri, ri do bêbado que tava tentando chegar em mim, até que chegou incompletamente, claro.
Por fim, esperando o Black Eye Peas entrar em palco, no meio do vuco-vuco, do espreme-espreme, do querer estar na grade, fizemos amizade com uma pessoa muito legal, nem um pouco mal intencionada, e que também procurava pessoas assim pra curtir junto. O legal de ir a lugares com milhares de pessoas é isso, você sempre conhece alguém que troca experiências e que vira sua amiga pra vida toda ou pra um momento.


Começa o mais esperado show e diferente do que eu imaginava, estava conseguindo respirar tranquilamente, apesar de não ter idéia até hoje de quantos eram naquela povão. Diferente do que me falaram e do que suspeitava, eles não desafinam. O show é cheio de efeitos futuristas que me encantaram, troca constante de roupas incrementadas com luzes, a troca de cantores no palco onde cada um teve seu momento (para alegria de nós meninas que pudemos ouvir Big Girls Don’t Cry da maneira mais Babie possível), enfim, foi o show, fechou bonito a noite, emocionou, animou, foi lindo de ver e ouvir.
Não esperava ir no ultimo dia do evento, mas então surge uma oportunidade e eu tinha que aproveitar, porque daí mais um sonho ia realizar: ir a um show do Simple Plan. Poxa 2 vezes tentei ir, e foram vezes frustradas por ser menor de idade, mas dessa vez, ahhh dessa vez nada me impediria.
As dores do primeiro dia do evento já tinham ido embora, assim com o stress e cansaço da semana, aí sim estava animada desde a ida, acreditando que tudo ia dar certo, e deu.
Fui só pra ver Simple Plan, mas acabei conhecendo a outra parte do evento, porque lá é muito grande, conheci novos cantores super legais e que nunca tinha ouvido falar, conheci a chuva incansável, e conheci a lama. Ai a lama! Quanta lama! Deu pra andar apoiada nazamiga, fazer moonwalk, dançar psy, deu pra jogar o tênis fora. Tudo bem, quando uma coisa do seu dia vale a pena, todo o seu dia vale a pena.
Foi assim, tudo valeu a pena, até mesmo ser esmagada inúmeras vezes, o que é pior do que perder um tênis ou tomar chuva e ficar *linda*. Ver o Simple Plan foi ótimo, ainda mais de perto, voltei aos 15 anos, até porque os integrantes da banda não envelhecem. Ver o Pierre, meu fofinho, ver o quanto essa banda gosta do Brasil, foi assim emocionante. Show divertido, como bandas assim costumam ser. Marcou na memória, sem dúvidas. (Ainda mais porque o Pierre mandou um beijo pra alguém que estava na minha direção e é claro que eu fingi sentindo que era pra mim, rs).
O que senti em dois dias de festival, foi uma coisa que tava presa aqui dentro de mim já fazia uns 3 anos ou mais. Senti minha juventude, meus 20 anos mesmo, senti que to viva, to pronta sempre pra ir em lugares onde eu realmente gosto de estar. É como voltar ao passado, ser feliz momentaneamente, é descobrir pessoas que marcam sua vida, como os caras meio gays que curtiram alucinadamente o show do japa gay lá que não lembro o nome e o amigo fã nº1 de BEP, é ter uma trilha sonora pra lembrar desses momentos (I Gotta Feeling/Beautiful Girl/Perfect/Na procura da batida perfeita), é lembrar das suas amigas pro resto da vida porque vocês viveram sensações única juntas, é viver como se deseja viver. Eu vivi novamente, eu me reencontrei, eu curti muito mais sozinha mesmo estando acompanhada, mas não me importava em curtir sozinha porque eu precisava me curtir, precisava curtir a minha vida.
A paciência é a resposta da minha felicidade.

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